segunda-feira, 26 de novembro de 2012

FALSIDADE, A HERANÇA MALDITA DO SER HUMANO



Não há pior inimigo que um falso amigo. Esse provérbio inglês define bem o antigo dilema que continua mais atual do que nunca.
Ao longo da existência humana, muitas coisas se transformaram: Algumas foram refeitas; outras, esquecidas no tempo e muitas, simplesmente desapareceram... Mas, a falsidade parece eterna. Cada dia fica mais popular. Desde a parábola da Criação, sempre esteve presente nos enredos mais sórdidos da realidade terrena. A "serpente" de Eva, o "Judas" de Jesus, a "Dalila" de Sansão, o "coronel Silvério" de Tiradentes e outros tantos diabólicos traidores da história universal, hoje são personagens comuns do ambiente social. Os ordinários traiçoeiros do passado não foram em nada diferentes do que os de agora, consagrados e popularizados pelo infame repertório da pervertida sociedade pós-moderna. A deslealdade parece iminente no ser humano. Para emergir só depende do valor do "prêmio" ou do brilho da ilusão. Tem a cor de sangue, como na maçã maligna da ignorância espiritual.
O sofrimento dos mártires é a tragédia exposta que revela o repugnante grau de crueldade e estupidez de que somos investidos quando os interesses próprios falam mais alto que os sentimentos naturais de afeição. Porém, os efeitos colaterais da infidelidade apresentam outros vieses tão devastadores quanto as suas deploráveis explicidades. Nos subterrâneos das mentes desvirtuadas pelo egoísmo exacerbado desenvolve-se a exoneração paulatina do racional e florescem os escusos incentivos à maldade fingida. Processo que se estabelece e se propaga pela autojustificação conveniente e dissimulada: Se hoje, ninguém mais é sincero. Por que somente eu tenho que ser?
Em sua ingênua leitura do significado da vida, o ser humano moderno, empanturrado de informação e vazio de amor verdadeiro, prossegue celeremente para a individualização radical. Numa sociedade de poucos amigos e muitos ferrenhos "concorrentes", não há espaço para a sinceridade. O indivíduo pouco se importa com os outros e exclui-se voluntariamente apoiado na insustentável pressuposição de que todos vão lhe aplicar um golpe ou lhe enterrar um punhal pelas costas.
Vestígios é que não faltam do atual "boom" da má-fé e da falsidade, fenômeno social realimentado pelo declínio da ética e da moral: Geração canguru, repúdio às uniões estáveis, famílias desestruturadas, pressão para legalizar o aborto, recém-nascidos abandonados no lixo, bebês nas creches, solidão, drogas, tarjas pretas, aids, DST, tristeza, tédio, suicídio, perseguição às Religiões, latrocínio e violência indiscriminada.
Vemos hoje, com maior frequência, mulheres que abandonam o lar e saem em busca da promiscuidade. Os filhos as estão atrapalhando "a viver a vida". E quando os filhos viram estorvo é porque a coisa está mais feia do que imaginamos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Entrevista com o Bàbálòrìsà Kandu Lemy - Pai Kandu Lemy por Samir Castro (Blog Èsù Akèsan - Umbanda e Candomblé)


Conte-nos brevemente sua trajetória religiosa.
R. Tudo teve início em 27 de julho de 1991, quando eu nasci para o Orisá diante dos fundamentos e doutrinas da nação Nagô-egbá, e desde então fui preparado por meu zelador para futuramente vir a tomar conta de uma egbé. Morei algum tempo dentro da comunidade onde tive a oportunidade de aprender mais de perto todos os ensinamentos de meu pai, e venho buscando manter as tradições de minha raiz até os dias de hoje.


Qual o Objetivo do Projeto Asé Odara?
R. O Objetivo inicial do projeto Asé Odara é promover a comunicação entre os povos de nossa comunidade religiosa, uma vez que percebi a carência do meio de comunicação, para que nossos povos possam divulgar o verdadeiro sentido de nossa religião. Mas o projeto vai muito mais além do que uma simples estação de Web Rádio. Este projeto tem como objetivo a constituição do Instituto de Comunicação Asé Odara. Escolhi este nome pelo real significado: Asé Odara = Força bonita, acreditando que a união de nossos povos independente de qual nação pertença, possa criar uma força única e pode mostrar a todos aqueles que não conhecem, a beleza de nossa religião.

Qual a sua visão sobre o Candomblé atual?
R. Vejo o Candomblé atual como uma caixa de tomate, onde é preciso selecionar muito bem, pois se não fizer isso, podemos enxergar os bons como podres também. Infelizmente a bactéria da hipocrisia, falta de caráter, a imoralidade e principalmente do uso da religião para a promoção financeira de alguns líderes, vem cada vez mais tomando conta de nossa comunidade, infelizmente. Por isso vejo o candomblé de hoje como essa caixa de tomates. Precisamos eliminar logo estes tomates podres para não contaminar os que ainda estão bons e os novos frutos que estão nascendo.


Qual a importância da Iniciação e do Bori?
R. Na linguagem correta o Bori vem da junção dos nomes Bó (Oferenda/comida) mais Ori (Cabeça). Daí vem a origem da palavra Bori (oferenda ou Comida á Cabeça). Isso nada mais é do que o ritual de preparar a cabeça para o Orisá. Assim como uma mulher, que quando está prestes a dar à luz, passa por algumas preparações, o Yawo também precisa se preparar para seu nascimento diante de seu Orisá. A Feitura é o primeiro passo e considero o mais importante de todos os outros que vêm na sequência, porque a feitura é o início, o nascimento de uma vida diante de nossa religião. É uma pena que hoje em dia as pessoas não estão mais vendo estes Yaos como crianças, que darão sequência em nossas raízes.


Como uma pessoa se torna um sacerdote dentro do Candomblé e quais suas obrigações?
R. Eu acredito que, quem é sacerdote já nasce com este Dom, não se torna. O que acontece é um período de preparação para que esta pessoa possa conhecer na prática, todas as suas obrigações e responsabilidades antes de colocá-las em prática. Tudo isso podemos ver claramente com as aparições de tantos zeladores. Dizer que é um Babálorisá ou Yalorisá e fácil, usar roupas de richelieu, salto alto, é fácil. Difícil é colocar o pé no chão, ter humildade e renunciar sua vida pessoal, em favor da vida dos outros. Difícil é esquecer os problemas pessoais e, por mais difícil que seja, ter que ouvir os problemas das pessoas que nos procuram para solucionar os seus problemas (deles). Por isso que digo que, quem é já nasce com a estrela. Não se pode produzir dom divino. No máximo podemos e aprimorá-los.


Nos dias atuais, é possível a união da Política com a Religiosidade?

R. Eu não gosto dessa mistura. Infelizmente vemos os políticos interessados em nossa religião somente uma vez a cada dois anos, somente nas épocas eleitorais estaduais e municipais, depois somem e dificilmente somos atendidos quando vamos a seus gabinetes depois de eleitos. Então prefiro que fique cada um em seu canto e façam seu papel com ética, moral e respeito. Estamos vivendo uma época de campanha política municipal, e o que mais se ve, são lobinhos vestindo a carapuça da falsidade e correndo atrás de votos usando nossa religião como ponto de apoio. Eu já deixo bem claro: não apoio nenhum desses que estão ai na disputa. Sei que não sou nenhum zelador de potência e renomado aos olhos dessas pessoas, mas diante de meu Orisá eu tenho ética e isso pra mim é a maior de todas as potências que um homem de asé pode ter. Nome não somos nós que fazemos, é o destino que nos dá como retribuição por toda caminhada que fazemos ao longo da vida.


Qual a sua visão sobre os cursos de sacerdócio?
R. Acredito que a maior escola para esse tipo de curso está em nossas casas de origem. Ainda aposto que os ensinamentos passados de pai para filho é a melhor maneira de se preparar um sacerdote e de se preservar as origens.


Deixe uma mensagem para o povo de Umbanda e Candomblé
R. Acho que com a realidade que estamos vivendo nos últimos tempos, só cabe um provérbio yoruba que diz assim:
“Asape fun were jo, on ati were okanná”
“Aquele que bate palmas para que o louco dance, é tão louco como ele mesmo.”


Créditos: http://esuakesan.blogspot.com.br

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DEPUTADO FEDERAL E PASTOR AFIRMA QUE OS AFRICANOS SÃO AMALDIÇOADOS


Fiquei um tanto indignado com o que ouvi: “Pr. Marco Feliciano diz que os africanos são amaldiçoados”. O pastor e deputado foi racista em suas declarações, porém, ele deve basear-se na visão de Santo Isidoro de Sevilha que no século XIII elaborou um mapa-múndi segundo a visão religiosa da época. O contexto medieval revela que por quase mil anos a Igreja Católica controlou as sociedades europeias através da cultura teocêntrica e da ideologia da fé. Isidoro de Sevilha fundamentou suas ideias absurdas, preconceituosas e racistas em Gênesis capítulo 2 e capítulo 9. Veja:

Gênesis 9:18,19: “E os filhos de Noé, que da arca saíram, foram Sem e Cão, e Jafé; e Cão [é] pai de Canaã. Estes três foram os filhos de Noé; e destes se povoou toda a terra.”


Foi com base nesta visão religiosa que o padre elaborou o mapa do mundo, com base na numa hipótese que para muitos teólogos encontra respaldo nos trechos citados acima. Pois é, creio que é também nessa hipótese que o pastor e deputado Marco Feliciano tem a sua formação teológica, afinal, tal ideia ainda se encontra em muitos manuais bíblicos contemporâneos, chave bíblicas e estudos ministrados aos fiéis. Digo isso com propriedade por ser professor de História, e também por ter ministrado estudos bíblicos por mais de dez anos para grupos familiares. Sempre que recorria aos manuais, dicionários e chaves bíblicas eu me deparava com explicações teológicas que tentava explicar a origem dos povos africanos. Porém na época, eu apenas desconfiava, porém nunca parei para avaliar o teor racista e preconceituoso que recheavam os textos que eu utilizava para justificar a presença de missionários na África.

Santo Isidoro tentou explicar como os continentes foram povoados a partir dos trechos bíblicos. Como assim? Pra quem não conhece essa história, então que tal um pouco de História?

Consta no livro Sagrado que depois que Noé saiu da Arca, ele se dedicou à vida de lavrador, assim, Noé plantou uma vinha, e o seu vinhedo foi tão produtivo que Noé para comemorar amassou algumas uvas, fez vinho e “encheu a cara”, “chapou o coco” como diz na gíria por ai, entrou na “manguaça” perdendo completamente a compostura. Totalmente ébrio Noé tirou a roupa e ficou nu, e diante daquela cena hilária Cão, um de seus filhos brincou com aquela situação, provavelmente teria sorrido, tirado um sarro. Entretanto, Sem e Jafé vieram com uma capa e o cobriram. Quando Noé voltou à lucidez os dois dedos duros, correram e contaram ao pai o acontecido, então Noé pichou uma maldição sobre Cão. Veja:

Gênesis 9 21-27: “E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai. E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.”
Veja que Cão, o filho mais novo de Noé foi amaldiçoado. Dessa história surgiram as hipóteses de que a cor da pele dos negros deve-se a uma marca, que também é associada à maldição de Caim: “E pôs o SENHOR um sinal em Caim” (Gn. 4:15).

Depois de matar seu irmão Abel, Caim teria recebido de Deus uma marca, que segundo algumas deduções teológicas, também se associa à cor da pele dos africanos. Pois é, é nesses absurdos teológicos que Santo Isidoro se baseou, e a partir daí, surgiu também a esdrúxula ideia de que o mundo teria sido povoado a partir de Sem, Cão e Jafé Desse jeito, Santo Isidoro de Sevilha traçou o mapa-múndi, com apenas três continentes: Europa, África e Ásia.

Espere um pouco, que confusão é essa, então quer dizer que os negros trazem a marca de Caim e a maldição de Cão?

Segundo algumas hipóteses absurdas sim!

Para Isidoro de Sevilha a Europa descende de Jafé, a Ásia descende de Sem e a África descende de Cão.

Por que, justo a África teria que descender de Cão?

Lembre-se, essa é a visão de um padre, que viveu em plena Idade Média, época em que todas as explicações só poderiam ser dadas de acordo com a fé da Igreja e suas doutrinas. Essa visão foi repassada ao mundo a partir do eurocentrismo, ou seja, a partir da concepção de que a cultura, a visão, hábitos, crenças e costumes europeus devem servir de padrões a se impor a todas as outras culturas.

Por que essa maneira de dividir o mundo foi racista?

Ora, simplesmente porque apropriando-se dessa ideia, a Europa passou a julgar-se única, capaz e mais abençoada, portanto, também tinha o direito e o dever de civilizar os outros povos. Aproveitando-se dessa visão, os europeus saíram pelo mundo numa disputa colonialista e imperialista e passaram a explorar, não só a África, mas também outros povos como indianos e americanos, tudo isso sob pretexto de converter esses povos ao cristianismo. Para eles, já que os africanos descendem de Cão, suponho que os índios, então estariam até em situação mais confortável que os negros. Talvez por isso, que a Igreja nem se importou que os portugueses escravizassem negros trazidos da África no Brasil, já os índios, cuja origem nem aparece nessa visão teológica, foram “protegidos” pelos jesuítas e cooptados pela Igreja, para serem catequizados.
Os europeus conseguiram enviar seus missionários ao mundo inteiro, na América do Sul, foram padres portugueses e espanhóis, na América do Norte (EUA) foram os protestantes ingleses, ambos estiveram presentes também na África e na Índia onde enfrentaram muitas resistências. A Igreja apoiou a escravidão e os senhores garantiam bons cachês de oferta, não é a toa, que os “coronéis” eram tão queridos pelos padres na época da colônia.

Sob essa visão de levar a fé aos pagão e a civilização aos não-civilizados que os europeus entraram de soca e assumiram o título de “raça superior” a todas as outras raças, julgaram-se inclusive serem eles os responsáveis e predestinados por Deus para “civilizar” os outros povos que não faziam parte da raça branca europeia. Com esse intuito, colonizadores e missionários espalharam-se pelo mundo, levando um Evangelho pacificador para depois dominar, roubar e pilhar riquezas de outros povos. Não se pode negar essa história, ela está nos livros, foram registradas e não são meras invenções de quem é ateu ou contra a Igreja.
Isidoro de Sevilha desde o século XIII prestou um grande serviço ao racismo, e ao coloca a África como descendente de um filho maldito, fez também com que até hoje idiotas como o tal deputado e pastor tirem conclusões de que a pobreza dos africanos também é devido à maldição. Assim, a responsabilidade pela pobreza e miséria dos explorados, ao invés de recair sobre as costas dos poderosos empresários e donos de multinacionais, que exploram as riquezas alheias e fazem uso de uma farta mão-de-obra barata, com direito a um amplo mercado consumidor e tudo, recai sobre os próprios povos que se encontram debaixo do imperialismo aviltante. A pobreza passa a ser vista como uma inevitável conseqüência da maldição de Cão, e, o que é culpa do capitalismo, passa a ser culpa da pessoa explorada!
Acredito que o pastor Marco Feliciano é mais um desses teólogos que ensinam isso aos seus fieis. Quando vi a reportagem no jornal Gazeta
“Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato.”

“sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome...”

Por dizer tamanha besteira, esse deputado deveria inclusive, perder o cargo para o qual foi eleito, sua função e obrigação é representar toda a população que é composta de uma diversidade que inclui negros, homossexuais e héteros. Ao justificar sua posição racista contra os negros esse pastor demonstra uma total ignorância referente ao contexto histórico de onde tirou essas ideias, desconhece a História, e acredito eu, que nem sabe o que é Imperialismo. Talvez seja mais um desses babacas que acredita na história de que as colonizações tenham sido um meio de evangelização dos povos e que o objetivo dos papa-almas inocentes responsáveis pela “evangelismo” era mesmo de levá-los ao paraíso. Por incrível que pareça essa ideia medieval ainda subsiste no século XXI, de que os africanos são mesmo descendentes do filho maldito de Noé.

Negros e gays vem sofrendo com declarações preconceituosas não é de hoje, antes um deputado já havia comparecido em programas de TV e feito declarações de extremo preconceito. Marco Feliciano é mais um que fortalece o grupo dos pastores e deputados homofóbicos e racistas desse país.

*Declaração feita no ano de 2011 ao jornal Gazeta/SP

terça-feira, 13 de novembro de 2012

“Negro nasce negro não tem como mudar, homossexual sim”, diz Marco Feliciano




“Negro nasce negro não tem como mudar, homossexual sim”, diz Marco Feliciano

Tratamento de homossexuais por psicólogos é debatido na Câmara Federal

A Comissão de Seguridade Social e Família realizou uma audiência pública no ultimo dia 07 de Novembro/12, como de costume. Mas o tema da discussão gerou polêmica: debater a resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe os profissionais da área de oferecerem tratamentos para mudar homossexuais.

Essa norma é discutida desde 1999 e continua causando polêmicas entre religiosos, psicólogos e deputados. Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, do deputado João Campos (PSDB-GO) que defende o fim da resolução. A questão é debatida em audiências públicas. Ontem, os deputados Pastor Eurico (PSB-PE) e Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) fizeram declarações que acabaram irritando diferentes segmentos.

Segundo a Agência Câmara de Notícias, o debate gira em torno da suposta ideia que haja uma “cura” para a homossexualidade.

O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) questionou a ausência, durante a audiência, de opiniões favoráveis a terapias que pretendem reverter a homossexualidade. “É preciso pensar no direito de quem quer deixar o homossexualismo”, afirmou Eurico, que não aceita ser chamado de homofóbico por defender esse direito. O parlamentar diz não ser a favor de “tratamento compulsório”, mas acredita que aqueles que buscarem tratamento “de forma voluntária” deveriam ter o direito de recebê-lo.

O deputado Pastor Marco Feliciano, por sua vez, criticou a resolução do CFP. “Índio nasce índio, não tem como mudar; negro nasce negro não tem como mudar; mas quem nasce homossexual pode mudar. Até a palavra homossexual deveria ser abolida do dicionário, já que se nasce homem ou mulher”, afirmou o deputado.

Presente no debate, o representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) Francisco Cordeiro afirmou que, desde 1990, a homossexualidade não consta mais na classificação de doenças adotada pela entidade.

“Prometer cura para o que não é doença, no caso para a homossexualidade, é charlatanismo”, questionou o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBT), Toni Reis.

Representando o Conselho Federal de Psicologia, Ana Paula Uziel ressaltou que “O homossexualismo não pode ser considerado doença por isso não faz sentido se falar em tratamento, muito menos em cura”. Para ela, os psicólogos não poderiam prometer a cura da homossexualidade. “Fica preservada a liberdade de atuação profissional, mas essa liberdade tem limite”, ressaltou.

Também se manifestou a psicóloga cristã Rozângela Justino. Ela acusa o conselho de perseguição e discriminação. Conta que, desde 2009, foi proibida de atender pessoas que demonstrem desejo de deixar a atração pelo mesmo sexo. Ela conta que atuou na área durante 27 anos. Porém, depois de ser punida pelo conselho, deixou de exercer a profissão.

“Sou discriminada por ser evangélica.Sempre atendi pessoas com desejo de não sentir atração por pessoas do mesmo sexo”, disse.

Fonte:Gospel prime

Diante dessa declaração, é obvio que o excelentíssimo pastor e deputado se pudesse mudaria o negros, para quem já declarou que negros biblicamente são amaldiçoados...

Monica Iozzi diz temer bancada 'dita evangélica'


Mônica Iozzi, que integra o programa Custe o Que Custar (CQC), da Rede Bandeirantes, em entrevista concedida ao programa ‘2 Chopes Com’ do site Yahoo, declarou temer a bancada evangélica.

Mônica que monta seu quadro com entrevistas a políticos fez critícas a alguns parlamentares. Questionada de qual seria a bancada mais perigosa de Brasilia, a repórter afirma, entre alguns goles de chope, que existem muitas entre elas “a dita evangélica”.

"Eu acho que existem muitas bancadas perigosas ali. As bancadas que eu enho mais medo são a ruralista e a bancada 'dita evangélica'. A gente tá voltando no tempo numa série de coisas".

Mônica ressalta que não são todas as igrejas evangélicas, mas que existem uma série de igrejas que misturam de uma forma “gritante”, política com religião. “Que pegam a grana dessas pessoas e alimentam programas que alimentam políticos, que alimentam a bancada”.

A repórter ainda questiona “qual é a função da bancada evangélica? A única coisa que os caras sabem dizer é: nós lutamos pela família, pela moral e bons costumes”, disse ela, completando que eles se focam apenas em causas específicas como os gays.

Para ela, se a bancada evangélica cresce é porque muitas pessoas da população compartilha dos mesmos pensamos, sendo algo assustador.

Ministério Público pede que notas de real não tragam a frase “Deus seja louvado”





A revista Veja, trouxe uma denúncia que deve gerar muita polêmica no Brasil. Embora seja um país laico, ou seja, sem religião oficial, existem várias menções religiosas nas atitudes do governo e vários feriados religiosos nacionais.

Recentemente, o procurador substituto do Ministério Público Federal em São Paulo, Pedro Antonio de Oliveira, quer que a frase “Deus seja louvado” seja retirada das cédulas de Real.

Em dezembro do ano passado, o procurador fez uma representação devido a uma suposta “ofensa à laicidade da República Federativa do Brasil”. Em outras palavras, ele pede que o Banco Central não imprima mais “Deus seja louvado” nas cédulas de dinheiro.

Para o procurador, essa frase desrespeita o Estado laico e, portanto, não deveria estar nas cédulas.

O Banco Central já iniciou um procedimento interno para tratar do caso. Em sua resposta ao procurador, divulgada na semana passada, o banco lembra que, a exemplo da moeda, até a Constituição foi promulgada “sob a proteção de Deus”.

Também argumenta que “A República Federativa do Brasil não é anti-religiosa ou anti-clerical, sendo-lhe vedada apenas a associação a uma específica doutrina religiosa ou a um certo e determinado credo”.

O Banco Central acredita que a ação do procurador “padece de vício de origem”, pois é atribuição do Conselho Monetário Nacional determinar como serão as cédulas e as moedas do país.

Não é a primeira vez que o assunto é tratado. Vários artigos já foram publicados em relação a isso. Porém, é a primeira vez que existe uma ação clara de um órgão federal.

O jornalista Túlio Vianna, assina um artigo na revista Fórum que exemplifica bem qual a posição dos sem religião:

“A liberdade constitucional de crença é também uma liberdade de descrença, e ateus e agnósticos também são cidadãos brasileiros que devem ter seus direitos constitucionais respeitados.

O mesmo se diga em relação aos politeístas, que acreditam em vários deuses e não aceitam a ideia de um deus onipotente, onisciente e onipresente.

Um bom exemplo do uso do nome de Deus com violação do princípio da laicidade é a expressão “Deus seja louvado” no dinheiro brasileiro.

Como não incomoda à maioria da população, acaba sendo negligenciada em detrimento dos direitos constitucionais dos ateus, agnósticos e politeístas, que ainda não são bem representados no Brasil.

Já se vê, porém, algumas destas expressões riscadas à caneta nas notas brasileiras, o que é uma clara manifestação de descontentamento com o desrespeito à descrença alheia”.

Igreja questiona pedido para retirar "Deus seja louvado" das notas de real, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, questionou hoje a ação do Ministério Público Federal que pede que as novas cédulas de real sejam produzidas sem a expressão "Deus seja louvado".

"Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?", afirmou, em nota.

"Para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo. E os que creem em Deus também pagam impostos e são a maior parte da população brasileira", segue a nota.

No pedido, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão diz que a existência da frase nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Discriminação Religiosa: Até Quando Viveremos Assim?





Em pleno seculo XXI ,ainda vivemos com preconceitos e discriminação e não falo somente de ração , presencie uma Discriminação de Religião.

Ocorreu em um casamento , onde a irmã do noivo , havia se afastado da Religião Evangélica Testemunha de Jeová , quando, se mudou para São Paulo em busca de crescimentos profissional e Acadêmico. Devido a sua rotina se bastante corrido, quase não frequentava a Igreja aqui em SP .

No dia 07/06/2012 foi realizado o casamento de seu irmão mais novo, onde se locomoveu todas família de São Paulo, chegando a irmã foi proibida de ficar na Igreja onde a Cerimonia foi realizada e muito menos ir na recepção devido se afastamento da Religião, caso ela fosse o irmão que iria sofrer as consequências perdendo o cargo de ancião como se fosse um pastor eventual .

Alegarem que a irmã iria constranger todas a família, pois estava vivendo no mundo, e estava impura , como se somente eles fossem um classe PURA .

Enfim, todos da família ficaram chocados, foi com a mãe, o pai e o irmão, que quando souberam dessa consequência que o irmão iria sofrer, foram os primeiros a proibirem de participar e obrigando- á , ficar me casa sozinha .

O mais chocante, foi que alegaram que a irmã iria constranger os irmãos da Igreja, mas quando deu a festa ficou bastante animada todos os Irmãos que iriam se constranger com irmã impura, estavam bebendo, Dançando e Cantando. Pergunta: Qual seria esse constrangimento?

Ela por ser uma jovem, recatada, não bebe bebidas alcoólica, como poderia constranger esses irmãos, que quando foi anunciado o Jantar, saíram todos correndo para se servirem como se não haviam se alimentado a uma semana. 

Se esses irmãos vão para igreja para pregar o AMOR , CARIDADE , E MISERICÓRDIA e PERDÃO, onde se aplicar isso tudo nesta situação?

Enfim, ainda vivemos em uma sociedade maquiada com pessoas, mesquinha, hipócritas e sem princípios morais, se escondem atrás de uma religião mas não deixam de julgar, condenar e matar seu próximo …

O ser humano esta em constante insatisfação consigo mesmo e acreditam que se esconder atrás de uma Religião ou crença, possam suprir esta insatisfação, e o que deixam ainda mais frustado é quando descobrem que ninguém pode suprir esta carência, ou disfarçar a sua verdadeira personalidade.