segunda-feira, 26 de novembro de 2012

FALSIDADE, A HERANÇA MALDITA DO SER HUMANO



Não há pior inimigo que um falso amigo. Esse provérbio inglês define bem o antigo dilema que continua mais atual do que nunca.
Ao longo da existência humana, muitas coisas se transformaram: Algumas foram refeitas; outras, esquecidas no tempo e muitas, simplesmente desapareceram... Mas, a falsidade parece eterna. Cada dia fica mais popular. Desde a parábola da Criação, sempre esteve presente nos enredos mais sórdidos da realidade terrena. A "serpente" de Eva, o "Judas" de Jesus, a "Dalila" de Sansão, o "coronel Silvério" de Tiradentes e outros tantos diabólicos traidores da história universal, hoje são personagens comuns do ambiente social. Os ordinários traiçoeiros do passado não foram em nada diferentes do que os de agora, consagrados e popularizados pelo infame repertório da pervertida sociedade pós-moderna. A deslealdade parece iminente no ser humano. Para emergir só depende do valor do "prêmio" ou do brilho da ilusão. Tem a cor de sangue, como na maçã maligna da ignorância espiritual.
O sofrimento dos mártires é a tragédia exposta que revela o repugnante grau de crueldade e estupidez de que somos investidos quando os interesses próprios falam mais alto que os sentimentos naturais de afeição. Porém, os efeitos colaterais da infidelidade apresentam outros vieses tão devastadores quanto as suas deploráveis explicidades. Nos subterrâneos das mentes desvirtuadas pelo egoísmo exacerbado desenvolve-se a exoneração paulatina do racional e florescem os escusos incentivos à maldade fingida. Processo que se estabelece e se propaga pela autojustificação conveniente e dissimulada: Se hoje, ninguém mais é sincero. Por que somente eu tenho que ser?
Em sua ingênua leitura do significado da vida, o ser humano moderno, empanturrado de informação e vazio de amor verdadeiro, prossegue celeremente para a individualização radical. Numa sociedade de poucos amigos e muitos ferrenhos "concorrentes", não há espaço para a sinceridade. O indivíduo pouco se importa com os outros e exclui-se voluntariamente apoiado na insustentável pressuposição de que todos vão lhe aplicar um golpe ou lhe enterrar um punhal pelas costas.
Vestígios é que não faltam do atual "boom" da má-fé e da falsidade, fenômeno social realimentado pelo declínio da ética e da moral: Geração canguru, repúdio às uniões estáveis, famílias desestruturadas, pressão para legalizar o aborto, recém-nascidos abandonados no lixo, bebês nas creches, solidão, drogas, tarjas pretas, aids, DST, tristeza, tédio, suicídio, perseguição às Religiões, latrocínio e violência indiscriminada.
Vemos hoje, com maior frequência, mulheres que abandonam o lar e saem em busca da promiscuidade. Os filhos as estão atrapalhando "a viver a vida". E quando os filhos viram estorvo é porque a coisa está mais feia do que imaginamos.

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